Tenho recebido de vários leitores e telespectadores mensagens com uma séria preocupação com a chamada “Cultura do Descarte” que temos visto em nossos dias. Até mesmo o Papa vem denunciando essa tendência da sociedade contemporânea.
Tudo e mesmo todos somos descartáveis. Desde a banalização do aborto onde se descarta a vida humana até ao consumo desenfreado onde nada mais tem valor a não ser quando substituído por um novo, tudo é medido somente pela sua utilidade imediata, quase sempre vinculada ao prazer ou à satisfação de desejos incontrolados.
Crianças são descartadas e terceirizadas logo nos primeiros meses, colocadas em creches ou sob o cuidado de pessoas pouco capacitadas. Velhos são descartados em “casas de repouso”. Todos estão muito ocupados e têm que trabalhar mais, para ganhar mais, para consumir mais e para descartar mais... Adolescentes e jovens descartados nas ruas sem emprego. Isso em todo o mundo que chamamos de civilizado.
Na empresa, os mais velhos e experientes são descartados como se fosse proibido envelhecer e como se sua experiência nada valesse a não ser como um obstáculo ao novo, ao mais moderno, ao último modelo.
Nesta semana faça uma reflexão sobre tudo isto. Será que não estamos realmente construindo e desenvolvendo uma sociedade do descarte? E será que não acabaremos por pagar um preço muito alto por isso? Será que esse apelo pela eterna juventude não está apenas nos fazendo mais infelizes? Será que a experiência dos mais velhos nada vale para ajudar a solucionar os problemas de hoje? Você já pensou em quando também será descartado?
Muitos me dirão que este texto nada tem de “motivação”. Quero lembrar que motivação são os motivos que me fazem mudar meu comportamento. Motivação não é emoção. Motivação é o que sobra depois de passada a emoção.
Pense nisso. Sucesso!